Na última segunda-feira (14), a Paxful, exchange ponto a ponto (P2P) de Bitcoin anunciou sua saída da Venezuela, para cumprir as sanções econômicas dos EUA contra o governo de esquerda do contestado presidente Nicolás Maduro e evitar punições.
A notícia se espalhou rapidamente, e outras plataformas descentralizadas não perderam tempo e anunciaram promoções, prometendo que nenhum evento político vai pará-las.
Enquanto a Paxful deu 30 dias para os usuários sacarem seus fundos da plataforma, em apenas 48 horas, uma das empresas concorrentes anunciou um crescimento de 230% no número de sessões abertas por usuários na Venezuela.
Essa empresa é a LocalCoinSwap, uma plataforma descentralizada para conectar negociantes de Bitcoin que não hesitou em usar o ponto fraco da Paxful para ganhar a confiança dos traders do país.
No anúncio sobre o crescimento da plataforma, a empresa declarou:
“Vimos um crescimento de 230% em novas sessões de usuários na #Venezuela desde que a @paxful anunciou sua saída do país! Somos resistentes a censura e respeitamos a sua privacidade! É por isso que não te forçamos a compartilhar suas informações pessoais.”
Hemos visto un aumento del 230% en nuevas sesiones de usuarios en #Venezuela desde que @paxful anunció su salida del país!
Somos resistentes a la censura y no te obligamos a compartir tu info privada! Regístrate con tan solo un correo https://t.co/CGbvV74Jbk#BTC #Criptomonedas https://t.co/r0Kaa6DMkz
— LocalCoinSwap Español (@LocalCoinSwapES) September 16, 2020
Mercado de criptomoedas na Venezuela
Se não fossem as sanções unilaterais dos Estados Unidos, o mercado venezuelano poderia ser um dos mais atraentes da América Latina para as criptomoedas.
país é o terceiro maior mercado de negociação P2P de Bitcoin do mundo, de acordo com um estudo recente da ChainAnalysis.
Por este motivo, exchanges como Binance, HodlHodl, LocalCryptos e outras empresas ao redor do globo já foram atraídas para a Venezuela.