O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta sexta-feira (02), que a Europa está preparada para emitir o Euro Digital.
No anúncio, o Banco Central diz que está atendendo a uma crescente demanda com a digitalização se espalhando por todas as áreas.
A notícia foi divulgada com um relatório digital do euro, que expôs as razões para a emissão de um euro digital.
Expondo também os potenciais efeitos que isso pode ter no continente, bem como as consequências jurídicas que um euro digital pode causar, conforme reportou o Decrypt.
“O euro pertence aos europeus e nós somos o seu guardião. Devemos estar preparados para emitir um euro digital, caso seja necessário”, disse Christina Lagarde, presidente do BCE.
O membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu, Fabio Panetta, abordou o rápido impacto que a digitalização está tendo nas sociedades.
De acordo com Fabio “a forma como pagamos não é exceção. Nossas práticas estão mudando – em alguns países, isso ocorre rapidamente”.
O relatório oferece uma avaliação das opções econômicas, estratégicas, tecnológicas e sociais que influenciam a criação do euro digital.
“Devemos estar prontos para emitir um euro digital se e quando os desenvolvimentos à nossa volta o tornarem necessário” segundo o relatório.
A declaração continua, “isso significa que já precisamos nos preparar para isso. Nos próximos meses, iremos ouvir e experimentar para podermos tomar uma decisão totalmente informada sobre o possível desenvolvimento e lançamento de um euro digital”.
Um euro digital teria como objetivo preservar o bem público que o euro oferece aos cidadãos: acesso gratuito a um meio de pagamento simples, universalmente aceito, sem riscos e confiável.
Outras características do euro digital, apresentadas no relatório incluem resiliência cibernética e eficiência digital.
“Os serviços digitais do euro precisarão ser altamente resistentes às ameaças cibernéticas e capazes de fornecer um alto nível de proteção ao ecossistema financeiro contra os ciberataques”.
O euro digital deve “acompanhar o ritmo da tecnologia de ponta em todos os momentos, a fim de melhor atender às necessidades do mercado”.
A digitalização da moeda, complementaria o dinheiro, não o substituiria, para ajudar na inclusão financeira, juntos eles oferecem as pessoas mais opções e acesso mais fácil aos meios de pagamento.
De acordo com o relatório, o euro digital não seria um criptoativo, “o euro digital seria uma forma livre de risco de dinheiro do banco central, o que significa que é emitido pelo banco central e permanece como sua responsabilidade em todos os momentos”.
O relatório finalizando dizendo que “o euro tem se saído bem até agora, fornecendo uma moeda na qual os europeus confiam. Precisamos ter certeza de que nossa moeda é adequada para o futuro”.