O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, anunciou que cerca de 5% dos funcionários optaram por um pacote de saída após a nova postura de missão apolítica da empresa.
Em média 60 funcionários dos 1.200 optaram por deixar a empresa logo depois de proibir discurso político, conforme reportou o Decrypt.
Mais colaboradores podem deixar a Coinbase enquanto a empresa encerra as discussões com alguns funcionários.
Em uma postagem no blog da Coinbase, Armstrong disse que “poderia ter feito um trabalho melhor trazendo o Grupo Operacional e gerentes junto com este esclarecimento de nossa cultura para que todos estivessem preparados antes de ir para um grupo mais amplo”.
O CEO continua dizendo “queria compartilhar que cerca de 5% dos funcionários (60) decidiram aceitar o pacote de saída. Há várias outras conversas ainda em andamento, então o número final provavelmente será um pouco maior”.
Armstrong foi criticado por seus funcionários em junho, depois que se recusou a compartilhar suas opiniões sobre o Black Lives Matter, causando greve de funcionários.
O CEO disse aos funcionários que a Coinbase é uma “empresa voltada para a missão”, a postagem feita gerou muito debate sobre como as empresas deveriam operar.
O que significou que seus funcionários devem se concentrar na construção da exchange de criptomoedas da empresa.
Significando também que a empresa deve apenas defender a política em torno da criptomoeda, em vez de questões sociais irrelevantes, como “saúde ou educação, por exemplo”.
“Não nos envolvemos aqui quando as questões não estão relacionadas à nossa missão principal, porque acreditamos que o impacto só vem com o foco”, disse ele.
Armstrong disse que aqueles de grupos minoritários “não aceitaram o pacote de saída em números desproporcionais à população em geral”.
“Embora a saída de membros da equipe nunca seja fácil, acho que emergiremos como uma empresa mais alinhada a partir disso”, finaliza o CEO.
O CEO do Twitter, Jack Dorsey, atacou Armstrong em setembro, com a réplica de que a criptomoeda é inerentemente, inevitavelmente, política, uma vez que distribui às massas o poder normalmente detido por bancos ou governos.