Dia após dia, a relevância do Bitcoin (BTC) e do mercado de criptomoedas, em geral, se mostra cada vez mais evidente, com a crescente adoção por parte de grandes instituições.
Mas quais serão os impactos do governo de Joe Biden neste setor?
Em meio a investidores, críticos e entusiastas, o mercado de criptoativos segue florescendo e um novo relatório da CoinDesk revelou que não são apenas as gestoras e fundos de hedge que estão acumulando criptoativos.
De acordo com a publicação na segunda-feira (25), algumas das maiores universidades do mundo, como Harvard, Yale, Brown e Universidade de Michigan, estão armazenando bitcoin e outros ativos digitais.
De acordo com uma fonte, estas, entre outras instituições de ensino superior, estão “discretamente” alocando em criptomoedas as doações recebidas.
“Pode ser desde meados de 2019. A maioria já faz há pelo menos um ano. Eu acho que eles provavelmente irão discutir isso publicamente em algum momento deste ano. Suspeito que eles estariam sentados em alguns bons pedaços de lucro,” disse a fonte.
Não foram divulgadas informações sobre quanto dinheiro foi alocado em criptoativos, mas, no total, Harvard tem o maior fundo de doações, com mais de US$ 40 bilhões em ativos. Já Yale, ultrapassa os US$ 30 bilhões, enquanto Michigan e Brown tem US$ 12,5 bilhões e US$ 4,7 bilhões, respectivamente.
Qual será o impacto das decisões de Biden no mercado cripto?
Enquanto as coisas avançam para o setor cripto em termos de adoção e confiabilidade, as escolhas do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, podem trazer sérios impactos a este mercado.
O norte-americano escolheu dois indíviduos de alto escalão para a Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC) e para o Departamento do Tesouro.
Gary Gensler, ex-presidente da CFTC e apoiador das criptomoedas no sistema financeiro, foi escolhido para liderar a SEC, órgão regulador que intervém quando considera que as moedas são títulos, como no caso da Ripple, no mês passado, que foi processada em US$ 1,3 bilhão.
Enquanto isso, Janet Yellen, ex-presidente do Federal Reserve e crítica dos criptoativos, ocupará o cargo de secretária do Tesouro, onde terá um papel central na definição do desenvolvimento econômico dos EUA.
O posicionamento e ações tomadas por estes dois executivos pode trazer grandes impactos – positivos ou não – às criptomoedas.
Em entrevista à Bloomberg em 2018, Gensler declarou: “Precisamos nos proteger contra atividades ilícitas. E sim, precisamos proteger os investidores. As corretoras de criptomoedas, grandes bolsas como a Coinbase, precisam vir da SEC ou da CFTC”.
Especialistas consultados pelo Decrypt disseram esperar mudanças e renovações na Divisão de Execução, com Gensler no poder, além de uma abordagem “agressiva” no cumprimento da lei.
Já Yellen, que considera as criptomoedas “particularmente preocupantes” quando se trata de facilitar o crime, provavelmente não mudará a abordagem do FinCEN a respeito do setor, e seguirá tentando regular as transações com criptomoedas.