investigação do The Guardian Austrália revelou que uma grande organização da Rússia está por trás do número crescente de golpes com bitcoin (BTC).
Conforme reportou o Cryptopotato, a investigação mostrou que há um grupo de fraudadores operando uma grande empresa global com sede em Moscou, na Rússia.
No início de outubro, o The Guardian Austrália exibia uma série de anúncios falsos de bitcoin, empresas que se faziam passar por pessoas famosas.
O portal não conseguiu evitar que os golpes parassem de aparecer em seu site, e uma das vítimas, o multimilionário Dick Smith, ameaçou processar a agência de notícias.
No início dessa semana, o The Guardian publicou as conclusões de sua própria investigação.
O relatório diz que esses anúncios falsos de celebridades estão sendo veiculados em vários sites de notícias há pelo menos dois anos.
Contudo, como as pessoas permaneceram em suas casas durante a crise da pandemia causada pela COVID-19, a ameaça do golpe com bitcoin se intensificou.
A investigação afirmou que esses esquemas são parte de “um negócio global altamente organizado que usa cinco endereços no centro de Moscou”.
O prof. David Lacey, da organização de caridade IDCare, que oferece suporte a pessoas vítimas de golpes on-line, alertou sobre o número crescente de tais golpes. Lacey também destacou os perigos desses esquemas, já que algumas das vítimas “perderam todas as economias de uma vida”.
Conforme mencionado no primeiro relatório, um aposentado de 80 anos perdeu mais de US$ 80.000 em seis semanas, pois confiava em um anúncio que usou o nome de Dick Smith, que apareceu no The Guardian Austrália.
O Google removeu 5.000 anúncios fraudulentos por minuto em 2019, um total de 2,62 bilhões. Contudo, “os golpistas estão constantemente desenvolvendo novas formas de golpe, enquanto desenvolvemos nossas políticas e aplicação para resolver isso”.
Os fraudadores compram milhões de anúncios nos mercados de anúncios do Google, usando nomes de celebridades locais, dependendo do país que desejam atingir.
De acordo com o relatório, os golpistas conseguem contornar a detecção do Google, fazendo pequenas alterações repetidas de texto nos anúncios.
The Guardian Austrália argumentou que não poderia “controlar facilmente se os anúncios fraudulentos aparecem” em seu site, uma vez que vêm diretamente do Google.
No entanto, a agência de notícias conseguiu bloquear alguns conteúdos fraudulentos. A investigação descobriu que a organização responsável, com sede em Moscou, tinha dois endereços de e-mail vinculados ao Gmail.
Após o relatório um porta-voz do Google disse que “a equipe de segurança da empresa irá compilar uma investigação própria sobre o ocorrido”.