A mineradora fundada em 2005 pelo empresário brasileiro Eike Batista viu suas ações dispararem em 810% nesta semana, num movimento de forte recuperação.
Trata-se da MMX, empresa lançada na Bolsa de Valores em 2006, mas que está em processo de recuperação judicial desde 2016.
Contudo, desde o início do mês, a mineradora tem passado por uma forte valorização após a tentativa de retomada de Eike Batista, multiplicando seu valor de mercado por nove.
Só na última sexta-feira (09), as ações da MMX saltaram 50,84%. Com a valorização total da semana, as ações saíram de R$ 1,77 para R$ 16,11.
Atualmente, mesmo com a valorização impressionante, a empresa ainda passa longe dos picos de cotações atingidos no passado.
A MMX já foi estrela do mercado acionário há mais de uma década, quando chegou a valer mais de R$ 3,5 mil, em maio de 2008.
Motivo da alta
A alta nas ações, segundo publicação da UOL, teve raiz na expectativa de que a mineradora consiga recuperar na Justiça o direito à exploração de minério na mina Emma.
Com a operação, espera-se que a MMX consiga dar os primeiros passos para sair da recuperação judicial, conforme comunicado divulgado pela empresa.
Embora a reação dos investidores não tenha sido imediata, no início desta semana o volume de negócios com o papel já havia triplicado, chegando a R$36 mil em um pregão.
B3 de olho
A movimentação repentina chamou a atenção da B3, que pediu explicações à companhia. Em resposta, a MMX declarou:
“A companhia acredita que as recentes oscilações atípicas estejam relacionadas ao fato relevante divulgado na semana passada, em 30 de setembro de 2020”, referindo-se ao comunicado sobre a mina.
Além disso, a empresa de Eike Batista acrescentou que, caso aconteça a retomada, a exploração pode ser de “grande relevância econômica”.
Com a resposta, o volume diário das ações da MMX na Bolsa saltou de R$ 36 mil para R$ 290 mil, elevando o preço das ações junto, numa alta de 810% na semana.
Histórico da MMX
Os problemas da MMX começaram em 2011, quando a companhia deixou de cumprir contratos de entrega de minério, sinalizando problemas de capacidade operacional do projeto.
Depois, vieram investigações acerca da atuação de Eike junto a governantes, e, em seguida, a sequência de processos que levou o fundador da companhia à falência.