A Polícia Militar cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede do Bitcoin Banco, no centro de Curitiba, por volta das 10 horas da manhã desta terça-feira (20).
No local, havia mais de 10 policiais e 4 viaturas com o objetivo de apreensão de 20 bitcoins, segundo o advogado do Grupo, Jorge Fayad.
Fayad disse ao Cointelegraph que “foi usada uma força excessiva na operação”. O advogado também disse que confia no restabelecimento da situação do Bitcoin Banco como um todo, segundo o site.
A ação, determinada pelo Poder Judiciário do Paraná, faz parte do processo 0018020-54.2019.8.16.0001, aberto pelas clientes Jaqueline Bresolin e Michele Borghetti Furlan. O valor da causa foi estipulado em R$ 1.445.388,01.
Além disso, a ordem aumentou a multa para R$ 1 milhão por dia caso a ação não seja cumprida.
Um dos clientes do Grupo estava no local e falou à reportagem da Rede Globo que já se encontrava há 24 dias na frente da sede “e só ontem o Cláudio [dono da empresa] desceu para falar com a gente”.
“Porque até o momento ele parece ser uma pessoa intocável”, afirmou.
Entenda o caso
As exchanges NegocieCoins e Tem BTC estão com os saques travados desde 17 de maio.
Poucos dias depois, o grupo anunciou que havia sofrido uma fraude de R$ 50 milhões e, em seguida, a BatExchange, também parte do Bitcoin Banco, entrou em manutenção por tempo indeterminado.
A Justiça do Paraná ordenou o bloqueio de quase R$ 6 milhões das contas do Grupo, mas encontrou menos de R$ 130 mil.
Vítimas que não conseguem resgatar os valores aplicados no Bitcoin Banco já abriram centenas de ações judiciais contra o Grupo. Os prejuízos são calculados em mais de R$ 200 milhões.
Em uma das ações, a justiça determinou o bloqueio de bens pessoais de Cláudio Oliveira, fundador do Bitcoin Banco. As autoridades foram até a casa e a chácara do empresário em busca de itens como obras de arte, joias, quadros, relógios e até sapados de marcas de luxo.