O presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, anuncia oficialmente que a instituição vai liberar os pagamentos pelo WhatsApp.
Desde o anúncio do lançamento do WhatsApp Pay no Brasil, o primeiro país do mundo a receber a funcionalidade, o sistema vinha sendo alvo de questionamentos pelo BC e outros reguladores.
Os questionamentos levaram o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e o Banco Central a proibirem o sistema de operar no país para “preservar um adequado ambiente competitivo”.
Conforme reportou o Cointelegraph, o presidente do BC liberou o WhatsApp Pay, porém, vai iniciar as operações em fases.
Inicialmente as operações serão de pessoas a pessoa (p2p) e depois vão evoluir para outras formas.
“Primeiro é importante deixar bem claro que estimulamos todo e qualquer tipo de sistema de pagamento que seja competitivo e dentro de um arcabouço que a gente entende que ele não é só competitivo hoje, mas que eles vão levar uma competição futura. Então no caso do WhatsApp e de outros, nós queremos outras bigtechs também, como o Google“, disse o presidente do BC.
O importante para o BC é incentivar novas formas de pagamentos que sejam inclusivas, segundo o presidente do BC.
“O Whatsapp vai entrar e vai começar a fazer pagamentos P2P já em breve, e depois vai ser P2M (pessoa para estabelecimento). Eu tenho conversado bastante com o CEO do WhatsApp, inclusive ele tem me dito que o processo no BC do Brasil tem sido mais rápido que em outros países.”, diz Campos Neto.
Ele continua dizendo que sua maior preocupação é o WhatsApp Pay passar por todos os critérios de aprovação.
“Sempre vão existir vários meios de pagamento e o Pix é um deles e estas diferentes formas aumentam o ‘bolo’ do volume de pagamentos, então é importante que a gente gere novos negócios, bancarize as pessoas e gere sempre novos modelos de negócios inclusivos”, destacou.
O Banco Central informou que está conversando também com o Google para permitir que a BigTech ofereça um sistema de pagamentos próprios.
Campo Neto já mencionou outras vezes as intenções do Google de iniciar um sistema de pagamentos no Brasil.
Recentemente, o presidente da autoridade monetária reforçou que a presença de bigtechs no setor de pagamentos é bem-vinda no país.