Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de terça-feira (29), o candidato a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos), chamou de “ataque” as acusações de pirâmide financeira contra sua filha.
Conforme noticiado no último sábado (26) aqui no Criptonizando, Luara Torres Queiroz e seu marido, Bruno Queiroz, respondem a pelo menos 18 processos na Justiça por operarem um esquema de pirâmide.
Seis destas ações, que somam R$ 4,5 milhões, já tiveram ganho de causa pelo prejuízo causado pelas promessas de ganho fácil com supostos investimentos oferecidos pela filha e genro de Russomanno.
Assunto “será esclarecido”
Sobre a situação do casal que atuava sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o crítico do Bitcoin e famoso apresentador do quadro ‘Patrulha do Consumidor’, na TV Record, garantiu que o assunto “será esclarecido”.
De acordo com publicação do Uol, Russomanno abordou apenas os problemas do genro com a Justiça, sem citar a filha:
“Se meu genro tem problemas financeiros, ele terá de responder”, afirmou o atual deputado federal, acrescentando que recebeu de Bruno Queiroz o “compromisso” de colocar sua vida financeira “em ordem”.
O candidato, que segundo recente pesquisa do Ibope lidera a competição pelo cargo de prefeito de São Paulo, se referiu à situação como um “ataque”:
“Fico triste por atacarem minha família”, declarou.
Parentesco
Segundo os processos, o parentesco do casal com Russomanno servia para ganhar a confiança das vítimas, que aplicavam de R$ 10 mil a R$ 1 milhão no negócio.
“O dono é genro do Celso Russomanno, sabe?”, diz um trecho de uma das ações.
Buscando apoio de Bolsonaro
No dia em que estourou a notícia sobre o envolvimento de sua filha com uma pirâmide financeira, o apresentador que ganhou fama promovendo a defesa dos direitos dos consumidores prestou uma visita ao presidente Jair Bolsonaro, no Hospital Israelita Albert Einstein.
Para não passar batido, Russomanno ainda publicou uma foto do encontro nas redes sociais.
Na última terça-feira (29), durante a coletiva de imprensa, o candidato voltou a dizer que é amigo do presidente desde 1995 e que é o vice-líder do governo no Congresso.
“O que posso dizer com todas as letras é que Bolsonaro é meu amigo”, disse, mas sobre sua candidatura, afirmou que “tem que perguntar para ele [se vai apoiar]”.
Contra o Bitcoin
Em julho deste ano, Russomanno chamou gerou insatisfação na comunidade brasileira de criptomoedas ao declarar, em rede nacional, que quem ganha com Bitcoin é golpista.
A fala ocorreu após uma reportagem sobre a Genbit, empresa acusada de pirâmide financeira com criptoativos.
Na ocasião, o atual deputado disse ainda que iria atrás de Nivaldo Gonzaga, fundador do negócio.