Quando se fala criptomoedas, inevitavelmente o nome Bitcoin é o primeiro que vem na cabeça da maioria das pessoas. E os motivos são óbvios, pois a moeda foi a pioneira na adoção da tecnologia Blockchain e obteve um grande sucesso.
Depois do Bitcoin “abrir o caminho”, muitas outras plataformas e criptomoedas vieram atrás em busca de obter o mesmo sucesso e aceitação. Dentre muitas moedas que parecem ter intenções duvidosas e projetos só querem acumular dinheiro, algumas se destacaram por apresentarem soluções muito interessantes aos problemas do mundo real. E a Ethereum claramente é uma delas, não é a toa que hoje é a segunda maior criptomoeda do mundo, atrás apenas do próprio Bitcoin.
A verdade é que salvo algumas semelhanças, como ambas adotarem a tecnologia Blockchain, os projetos são completamente distintos. Enquanto o Bitcoin visa se tornar uma alternativa ao dinheiro real e ocupar o espaço de sistemas como paypal e outros sistemas de pagamentos online, a Ethereum é uma plataforma multiuso que, além de efetuar pagamentos online através da sua moeda Ether, também permite construção de aplicações descentralizadas(Dapps) e opera contratos inteligentes.
As 5 diferenças entre Bitcoin e Ethereum
1 – Número máximo de moedas: O Bitcoin tem um limite de geração de 21 milhões de moedas, estima-se que em 2140 esse número será atingido. A Ethereum, por sua vez, não estabeleceu nenhum limite para o Ether, sendo teoricamente infinito esse número. Entretanto, como era de se esperar, a criação de novas moedas está sempre sendo controlada por motivos inflacionários.
2 – Tempo de mineração do bloco: O tempo médio de mineração de um bloco de Bitcoin é de cerca de 10 minutos. Por sua vez, segundo a própria Fundação Ethereum, a Ethereum leva em torno de 15 segundos, o que significa confirmações mais rápidas em suas transações.
3 – Código Interno: O código interno usado pela Ethereum é um “Turing completo”, que é um código de programação que oferece uma infinidade de possibilidades para a plataforma, mas por outro lado mais atenção para aspectos ligados a segurança. Já o código do Bitcoin é mais simples, chamado de stack-based, e que apresenta possibilidades mais limitadas.
4 – Custo da transação: As taxas cobradas pela Ethereum baseiam-se na complexidade de execução do contrato. Em contrapartida, no Bitcoin os custos variam de acordo com o espaço que aquela transação ocupará no bloco. Na média os custos das transações na Ethereum costumam ser um pouco mais baratas.
5 – Utilidade: Como já mencionado acima, enquanto Bitcoin é mais direcionado ao sistema pagamentos e ao uso como moeda em si, a Ethereum é uma plataforma multifuncional que permite o desenvolvimento de Dapps e contratos inteligentes.
Conclusão
É provável que o Bitcoin continue por algum tempo sendo a maior moeda do universo blockchain. À Ethereum cabe continuar provando que pode apresentar soluções práticas à revolução tecnológica que quer implementar. Não faz sentido dizer quem é melhor, pois ambas moedas são líderes nos seus determinados nichos de atuação e não competidoras, podendo coexistir e resolver distintos problemas do mundo real e abrir novas possibilidades para o futuro.
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