O ano de 2020 tem sido intenso para todos e, até agora, ao menos 75 exchanges de criptomoedas já foram fechadas.
Além das consequências da pandemia do novo coronavírus nos negócios, há também obstáculos como invasões de hackers e fechamentos pelo governo, assim como os famosos golpes aplicados por empresas fraudulentas no setor.
Seja qual for o motivo, o fato, de acordo com o Crypto Wisser Exchange Graveyard, é que corretoras de criptoativos estão desaparecendo em ritmo acelerado neste ano, com um aumento de 56% desde 2019.
Em comunicado à imprensa, a empresa aponta que as exchanges estão lidando com “concorrência, saturação e regulamentos cada vez maiores”, além do crescimento de derivativos e exchanges descentralizadas como potenciais motivos para o fechamento de tantas empresas em 2020.
O boom das finanças descentralizadas (DeFi) também é um fator que pode estar dificultando a continuação dessas empresas no setor, pois qualquer corretora que não ofereça serviços ou moedas associadas ao DeFi provavelmente ficará para trás.
A pressão regulatória também aumentou, levando muitas exchanges a precisarem encerrar suas atividades após não conseguirem atender aos requisitos dos reguladores.
Hacks e golpes também são problemas crescentes enfrentados pelas corretoras, como foi o caso da KuCoin, mais recentemente.
Já a BitMEX, por exemplo, foi acusada de violações de regulamentações bancárias na última semana, e rotulada como de “alto risco” pela empresa de segurança de criptomoedas Chainanalysis.
O relatório da Crypto Wisser de agosto aponta que as maiores exchanges, chamadas de nível superior, viram um disparo de 58,3% em seus volumes de negociação, enquanto as plataformas menores tiveram um aumento de 30,2% no mesmo período.
No total, 31 corretoras fecharam voluntariamente, segundo o relatório. Enquanto outras 34 foram rotuladas como ‘MIA’ (“missing in action”) por desaparecerem sem explicação.