Enquanto o preço do Bitcoin (BTC) encara uma correção após a máxima estabelecida no início do mês a dificuldade de mineração atingiu um novo recorde histórico, e a volatilidade da criptomoeda está em seu nível mais alto desde março de 2020.
Além da taxa de hash em níveis altíssimos, chegando a registrar uma nova máxima em 17 de janeiro, minerar BTC nunca foi tão difícil.
De acordo com dados da BitInfoCharts, a dificuldade de mineração ultrapassou os 20,8 trilhões, o que representa um aumento de 1,05% desde o último reajuste em 9 de janeiro, quando foi estabelecido outro recorde, acima de 20,6 trilhões.
A dificuldade de mineração é uma medida relativa sobre a quantidade de recursos computacionais necessários para competir pela mineração do Bitcoin. Essa medida sobe ou desce ao fim de cerca de duas semanas, quando 2.016 blocos são criados.
Dessa vez, o aumento ocorreu devido à crise global pela falta de chips de mineração.
Conforme apontou o Criptonizando, essa escassez resultou em uma alta sem precedentes no preço dos equipamentos de mineração na China, e pode levar a completa eliminação de pequenas mineradoras.
Bitcoin enfrenta a maior volatilidade desde março de 2020
Em meio a todos esses acontecimentos, a volatilidade realizada do Bitcoin atingiu os níveis mais altos desde a queda histórica no preço do ativo em março de 2020 em decorrência da pandemia do COVID-19.
A informação é de acordo com dados da empresa de análise Skew, conforme apontou o usuário ‘Unfolded’ no Twitter:
Bitcoin realised volatility continue to climb, highest since 2020 March crash. pic.twitter.com/iz5ADzFoYZ
— unfolded. (@cryptounfolded) January 24, 2021
O termo “volatilidade realizada” representa a flutuação média do preço de uma moeda em um período de 30 dias.
Para chegar a este conceito, a Skew mede a volatilidade calculando o desvio padrão no preço do Bitcoin ao longo do tempo. No mês passado, o número chegou a 103%, segundo dados da Skew.
Embora hoje exista a semelhança na volatilidade realizada do Bitcoin com a que ocorreu em março do ano passado, a diferença é que em vez de estarmos enfrentando o anúncio de uma pandemia mundial, estamos lidando com um mercado de alta e a variação nos preços é um fator comum em épocas como essa.