Depois da recuperação de março, em setembro as criptomoedas tiveram o pior mês, e as Bolsas de valores do mundo todo voltaram a sofrer negativamente.
Em setembro praticamente todos os principais ativos digitais registraram perdas, e os recentes fundos de criptomoedas demonstraram isso em seus desempenhos, conforme reportou o InfoMoney.
Foram os mais resilientes fundos: o BLP Criptoativos, da gestora BLP, recuou 1,85%, enquanto o Discovery, da Hashdex, caiu 2,35%.
Os fundos de varejo podem ter uma exposição máxima de 20% em criptomoedas, sendo que as gestoras colocam os outros 80% em ativos de renda fixa.
Por conta disso, em momentos de maior tensão, estes fundos conseguem minimizar as perdas, apesar que quando há grande euforia, os ganhos também são menores.
Diante disso, os fundos com maior exposição, voltados para o investidor qualificado, acabaram tendo quedas maiores em setembro.
Na Hashdex, o Explorer, que tem exposição máxima de 40% aos ativos digitais, caiu 3,99%, enquanto o Voyager, que tem até 100% em criptos, recuou 8,78%.
As perdas do mês conseguiram ser minimizadas por conta da valorização de 2,5% do dólar frente ao real.
O real apresentou desempenho de pior moeda global em 2020, em frente ao dólar americano.
As criptomoedas Ethereum (ETH), Ripple (XRP), Bitcoin Cash (BCH) e Litecoin (LTC) tiveram desempenho pior que a principal criptomoeda do mundo, o Bitcoin (BTC).
O Bitcoin encerrou setembro com queda de 7,65%, seu pior mês desde março. Contudo, o BTC conseguiu se manter acima do nível de US$10 mil.
O preço do BTC está sendo considerado por muitos analistas um ponto crítico de sustentação dos preços do ativo.
Setembro se mostrou um mês bastante parecido com março em diversos fatores e, apesar de uma queda menor na comparação, um dos fatores que puxou o mercado de criptomoedas esteve relacionado a um temor generalizado dos investidores.
Com a correção das ações de tecnologia, o que se viu foi uma repetição em níveis menores do que aconteceu no estouro da crise, quando muitos investidores preferiram vender tudo e não ficarem posicionados.
O BTC perdeu espaço nas transações, com as operações semanais da moeda digital perdendo a liderança pela primeira vez para a stablecoin Tether (USDT), segundo a Transfero.
Apesar deste movimento negativo no último mês, o Bitcoin e os fundos de criptomoedas seguem com desempenhos bem positivos em 2020.
A moeda digital, apesar de cair quase 8% em setembro, ainda acumula ganhos de 50% no ano.
O BLP Crypto Assets terminou setembro com valorização acumulada em 2020 de 150,78%, ao passo que o Voyager, da Hashdex, subiu 107,37%.