Jerome H. Powell, presidente do Federal Reserve (FED), falou sobre moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDC) em um seminário virtual do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira (19).
Durante o evento, o regulador dos EUA lançou uma possível indireta para a China ao falar explicar que não acredita que o território estadunidense precise ser um dos primeiros a emitir uma CBDC.
Enquanto o país estuda a produção de um dólar digital, o senado já fala sobre o uso da moeda para combater o yuan digital da China, cujo projeto está em fase de testes, com US$ 8,2 milhões em CBDC distribuídos gratuitamente para a população na última semana.
O avanço nos testes indica a aproximação do lançamento oficial da moeda digital intitulada Digital Currency Electronic Payment (DCEP), e preocupa outros países que estão na corrida pela a emissão de suas próprias CBDCs.
Quem lançar primeiro ganha?
Durante o evento que visou “discutir soluções potenciais para melhorar os pagamentos transfronteiriços, os benefícios e riscos do uso transfronteiras de moedas digitais e suas implicações macrofinanceiras”, o presidente do FED declarou:
“É mais importante fazer certo do que ser o primeiro.”
Powell não deixou de enfatizar o papel do dólar em escala mundial, afirmando:
“Dado o importante papel do dólar globalmente, é essencial que permaneçamos na fronteira da pesquisa e do desenvolvimento de políticas. O dólar é a principal moeda de reserva mundial e continua a haver grande demanda global por notas do Federal Reserve.”
Riscos das CBDC
Para o regulador, além dos benefícios, também é preciso avaliar os riscos das CBDCs, como:
“A necessidade de proteger um CBDC de ataques cibernéticos e fraudes; a questão de como afetaria a política monetária e a estabilidade financeira; e também como poderia prevenir atividades ilícitas, ao mesmo tempo preservando a privacidade e segurança do usuário”, ressaltou.
FMI
Lançado em 27 de setembro de 1945, o FMI é uma organização de 189 países, com o objetivo de promover a cooperação monetária global, assegurar estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover alto emprego e crescimento econômico sustentável, e reduzir a pobreza em todo o mundo.
Em agosto deste ano, a organização publicou um vídeo no qual chama as criptomoedas de “evolução do dinheiro”.